COLHEITA DA SAFRINHA GANHA RITMO E CHEGA A 50% NO CENTRO-SUL

Sem chuva, a colheita da segunda safra de milho ganhou fôlego nos últimos dias, chegando na quinta-feira (20) a 50% da área no Centro-Sul do Brasil. O avanço semanal de 14 pontos foi o melhor desde o início dos trabalhos desta safra 2017, cujo ritmo segue ligeiramente acima da média de quatro anos, que é de 47%. Mesmo assim, ainda há atraso em relação ao ano passado, quando 57% da área estava colhida.

As temperaturas mais baixas têm dificultado a perda de umidade em algumas regiões, mas o céu aberto favorece o avanço das máquinas em áreas em ponto de colheita. Sem chuva nos radares, a maioria dos produtores está esperando o cereal perder umidade no campo, para evitar descontos no pagamento e não congestionar o recebimento nos armazéns.

Sem estrago por geada

Com problemas no plantio, quem segue liderando o atraso são Paraná e São Paulo, que colheram 36% e 12% de suas áreas, respectivamente. A boa notícia é que, com a maioria das lavouras paranaenses já em maturação, o frio intenso dos últimos dias não provocou estragos. Também não houve registro de danos em Mato Grosso do Sul, onde 24% da área está colhida. No norte paulista, por outro lado, alguns talhões têm mostrado produtividades abaixo do esperado devido ao ataque de cigarrinha.

Na outra ponta, Mato Grosso segue liderando a colheita, com 78% na média do estado e trabalhos já na reta final em pontos do médio-norte. Em Nova Mutum, alguns lotes continuam saindo com grão avariado devido às chuvas do início de junho. Mas a produtividade média, de 105 sacas por hectare, agrada. Em Goiás, 41% da área foi colhida. Em Rio Verde, lotes estão saindo do campo com 17% de umidade, mas a produtividade é alta, entre 110 e 120 sacas.  Em Minas Gerais, as máquinas passaram por 40% da área.


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